A fórmula secreta da FED

 | 02.09.2019 13:57

A fórmula da FED não é mais do que o princípio de política macroeconómica de Taylor. John Taylor, professor em Stanford, escreveu um artigo em 1993, Discretion versus Policy Rules in Practice, onde propõe uma fórmula simples como orientadora da política monetária dos bancos centrais, pela taxa de juro de curto prazo.

Segundo Taylor, caso os bancos centrais sigam esta fórmula, conseguirão atingir os seus objetivos, ou seja, ter uma taxa de inflação controlada nos 2%, e assim, crescimento económico e um nível de emprego alto, no longo prazo.

Taylor propõe a seguinte formula:

onde,

r, é a taxa de juro de proposta por Taylor.

p, é a taxa de inflação media dos últimos 4 trimestres (medida pelo deflator do PIB – nominal/real).

y, é o desvio do PIB em relação ao seu potencial.

(p-2), é o desvio da inflação em relação ao objetivo dos 2%.

Este modelo sugere uma taxa de juro superior quando a inflação está acima do seu objetivo ou quando a economia se situa por cima do ponto de pleno emprego ou uma taxa de juro inferior nas situações contrárias. Sugere ainda que se deve aumentar a taxa de juro um pouco mais do que o aumento da inflação, caso contrário, não será possível repor a inflação no objetivo. A seguinte imagem, compara a evolução das taxas de juro de curto prazo aplicadas pela FED com a taxa proposta por Taylor. Para a regra de Taylor os dados foram calculados com 2% como objetivo, Real GDP, Core PCE inflation 4 quarter, 1 gap e 0,85 smothing.