A Nova Aventura de Super Mário

 | 23.02.2021 16:54

A chegada de Mario Draghi, empossado como primeiro-ministro italiano em 13 de fevereiro, oferece uma nova esperança de cura para o país que tem sido apelidado de “doente europeu”. Vinte e três ministros, entre os quais reconhecidos técnicos que vão assumir pastas importantes como a Economia, Interior ou Transição Energética, tomaram também posse. Isto acontece numa altura em que, com a saída do Reino Unido, Itália passa a ter a terceira maior economia da Europa.

O currículo /h2

O agora primeiro-ministro transalpino foi presidente do Banco de Itália entre 2006 e 2011 e presidente do Banco Central Europeu (BCE) entre 2011 e 2019. Foi nesta função que Draghi desempenhou um papel vital na defesa da Zona Euro durante a crise das dívidas soberanas que ameaçou seriamente o projeto da moeda única.

O ex-chefe do Banco Central Europeu, é o mais recente numa longa linha de tecnocratas a tornarem-se primeiros-ministros. Facto que geralmente traz desvantagens dado que os tecnocratas não costumam ser bons comunicadores e são alvo a abater pelos populistas que se apressarão a erguer teorias da conspiração sobre as elites quererem derrubar as massas. O facto de ser um ex-banqueiro internacional ajuda a criar este rótulo.

No entanto, Mario Draghi é mais do que apenas um tecnocrata, uma vez que tem reconhecidas habilidades políticas e diplomáticas. Qualidades que ficaram bem vincadas quando, há cerca de uma década, salvou a zona euro.