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Análise Semanal de Mercado BiG (EURUSD, S&P 500, Hong Kong 50)

Publicado 13.08.2019, 19:15
Atualizado 09.07.2023, 11:32

S&P 500: Contexto geopolítico mundial promete afectar as gigantes norte-americanas

A incessante disputa entre Estados Unidos e China tem marcado o panorama internacional ao longo dos últimos meses e a passada semana não foi excepção. Com sucessivas retaliações bilaterais, os mercados têm-se ressentido, tendo as empresas tecnológicas sido das mais afetadas, uma vez que a uma boa parte dos componentes utilizados na produção são oriundos da China (como é o caso dos minerais raros). Adicionalmente, indicadores macroeconómicos norte-americanos de relevo ficaram aquém das expetativas dos analistas, contribuindo para uma visão ainda mais negativa.

Não menos impactantes têm sido os desenvolvimentos geopolíticos em Hong Kong e na Argentina, que têm contribuído para intensificar o sentimento negativo. Hoje, contudo, Donald Trump deliberou o adiamento das taxas alfandegárias de 10% sobre alguns dos USD 300 mil milhões de importações norte-americanas provenientes da China, de Setembro para Dezembro, como forma de evitar uma elevada penalização dos consumidores norte- americanos nas suas compras do período de férias e regresso às aulas.

Referência técnica: Do ponto de vista técnico, oberva-se a formação de um triângulo simétrico, cuja quebra em alta é interpretada por nós como uma sobre-reacção optimista do mercado, que tem por base a crença de que um acordo poderá agora estar mais perto (algo em que não acreditamos para já). Se se verificar uma reversão deste movimento, esperamos que o nível 61.8% da retração de Fibonacci possa vir a ser testado e, se ultrapassado, acreditamos haver margem para que o preço chegue até ao suporte dos 2.815 pontos, que já provou ser um nível horizontal bastante relevante.

Hong Kong 50: Fortes e contínuos protestos exacerbam as quedas já motivadas pelo elevado risco sistémico

O início dos vigorosos e cada vez mais abrangentes protestos populares, que se têm estendido durante o verão de 2019, remonta a Março deste ano – um mês após a proposta de uma lei, segundo a qual Hong Kong seria forçado a colaborar com a extradição de pessoas para a China continental. Desde que a soberania sobre o território de Hong Kong (HK) foi entregue pelo Reino Unido à China, em 1997, HK goza o estatuto de Região Administrativa Especial (RAE), segundo o qual HK é jurisdicionalmente distinto da China, mantendo um governo e um sistema jurídico separado, alicerçado no princípio “um país, dois sistemas”.

O nível de violência com que os protestos foram combatidas pela polícia escalou e novas exigências relacionadas com a conduta das autoridades de HK foram adicionadas como motivo dos protestos. Como consequência dos mesmos, depois de considerar a lei das extradições suspensa, em Julho, a CEO de HK, Carrie Lam, declarou que a mesma estava “morta”, mas não garantiu que a mesma fosse totalmente retirada da lei de HK, acrescentado que não seriam feitas mais concessões por parte do governo de RAE. Os protestos continuam, assumindo o já há muito existente espírito pró- democrático contra o regime chinês, tendo forçado ontem o cancelamento de mais de 200 voos no aeroporto de HK. Perante uma crescente percepção de que os protestos poderão motivar uma diplomaticamente catastrófica intervenção chinesa e também penalizar significativamente a economia de HK, Lam apelou à população que cessasse os protestos, afirmando que os mesmos arriscam levar a cidade ao “abismo”.

Referência técnica: Este enquadramento político-social, que gradualmente assume maior dimensão económica, exponenciou as quedas já provocadas pelo sentimento global de risk-off , levando o índice accionista de referência a quebrar um triângulo simétrico. Acreditamos que, nos próximos tempos, o Hong Kong 50 deverá visitar, pelo menos, a região em torno dos 24,685 pontos, podendo posteriormente descer até aos 61,8% da retracção de Fibonacci traçada no gráfico.

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EURUSD: Fracas perspectivas económicas a nível europeu deverão contrariar a valorização recente do Euro

Apesar da incerteza nos EUA, com as tensões comerciais e a perspectiva de mais intervenções da Reserva Federal, é de esperar que o euro, divisa de uma economia mais frágil e prestes a ter novos estímulos monetários expansionistas não-convencionais, desvalorize perante o dólar norte-americano.

O ZEW Survey Expectations de Agosto apresentou valores não verificados desde as crises financeira e de dívida soberana, realçando a negatividade em relação ao futuro económico da Zona Euro. Também a variação anual do nível de produção industrial, que será divulgada amanhã e para a qual se espera um valor negativo, deverá contribuir para uma tendência que urge cautela.

A médio prazo, Setembro constituirá um mês crucial. Apesar de ser esperado um corte adicional na taxa de juro norte-americana, a perspectiva de corte da taxa de depósito no BCE para valores ainda mais negativos deverá alimentar a desvalorização do euro. Até o momento confirmatório, acreditamos que poderá fazer sentido um posicionamento predominantemente curto no par cambial.

Referência técnica: Após tentativas falhadas de se manter acima dos 1,12 no último mês, esse sucesso em Agosto deverá mostrar-se de curta duração. Caso se assista a uma quebra convicta do suporte em torno dos 1,12, o nível dos 1,11, onde se encontra uma muito relevante região de suporte, poderá ser testado. Observando também o estocástico, pode notar-se igualmente a incapacidade de entrada em sobrecompra, sinalizando que existem bastantes vendedores perto dos níveis actuais.

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