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Análise semanal de Mercado BiG (XAUUSD, Lumber, US Cocoa, Euro Stoxx)

Publicado 19.02.2019, 18:17
Atualizado 09.07.2023, 11:32

XAUUSD: Iminência de aumento de volatilidade deverá impulsionar ouro até aos USD 1.350/onça nas próximas semanas

Para 2019 – período que deverá ficar marcado pela desaceleração económica sincronizada – exteriorizámos, no nosso Outlook anual, uma visão positiva para o ouro, possivelmente o mais universal dos activos de refúgio por excelência. Desde o início do ano, o índice representativo do mercado accionista a nível global (MSCI World Index) valorizou cerca de 10%, enquanto o USD (com o qual o XAUUSD tem uma natural correlação histórica negativa) apreciou cerca de 1%. Ceteris paribus, esta evolução para os referidos dois activos é tipicamente desfavorável para o ouro. Contudo, o metal precioso valoriza já quase 4%, reflectindo percepções conflituantes entre os investidores nos activos de risco e investidores que actualmente favorecem posicionamentos mais conservadores. Perante, a fulgurosa escalada accionista sem progressos tangíveis na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, começamos a ter uma visão alinhada com o segundo grupo de investidores.

Reforçando a tendência ascendente do ouro, vários bancos centrais têm vindo a intensificar, desde o segundo trimestre de 2018, as suas compras de ouro físico. Uma tendência que antecipamos que continue, com a crescente tendência de diversificação de reservas, além das denominadas em USD.

Referência técnica: Respeitando impecavelmente uma clara tendência ascendente, o ouro quebrou hoje uma resistência, por intermédio de uma vela reveladora de elevada pressão compradora. Não descartando uma potencial reteste aos níveis-chave de suporte, acreditamos que o ouro tem espaço para alcançar os USD 1.350 por onça, durante as próximas semanas.

Lumber: Madeira poderá continuar a corrigir

Os futuros da madeira começaram o ano em forte alta, tendo somado uma valorização de 21% desde o início do ano. Do ponto de vista gráfico, a madeira registou um buying climax, com os preços expressivamente mais altos num curto período de tempo a criarem condições para uma queda do mercado.

A madeira apresenta sazonalidade positiva na Primavera, em preparação da época de construção de casas nos EUA. Como ainda estamos distantes do arranque da época de construção, não atribuímos importância a este factor numa perspectiva de trading semanal.

Referência técnica: Esperamos um pullback complexo, com uma queda da madeira a poder atingir os $378 por unidade. A média móvel simples de 200 dias constitui uma resistência relevante, tendo sido respeitada no início de Fevereiro. Em timeframes superiores, salientamos que o máximo deste ano coincide com os 38,2% de retracção de Fibonacci, traçada a partir do máximo histórico da madeira. Em termos de gestão de risco, consideramos a linha de tendência ascendente, rompida hoje na abertura do mercado. Caso a negociação volte acima da linha de tendência ascendente, poderemos abandonar o posicionamento baixista.

US Cocoa: Cacau reage positivamente no limiar inferior do canal ascendente

Os futuros do cacau começaram o ano em terreno negativo, caindo cerca de 4%.

Uma sondagem publicada pela Reuters na sexta-feira, que recolheu as opiniões de 7 analistas e traders, mostra os preços deverão subir ligeiramente este ano, apesar do ligeiro excedente global. Os inquiridos afirmaram que a volatilidade cambial será importante, devido ao Brexit, e que a possibilidade de haver menos fornecimento por parte dos Camarões será relevante.

Referência técnica: O rompimento da bandeira ascendente, junto à base do canal de negociação ascendente, sustenta a nossa visão positiva para o cacau. Como objectivo altista, consideramos inicialmente os $2400 por unidade e, numa segunda fase, o topo do canal ascendente (cerca de 10% acima da cotação actual). Relativamente à gestão de risco, o stop loss poderá ser colocado abaixo da linha de tendência ascendente.

Euro Stoxx 50: Euforia por pouco e complacência perante dura realidade aconselham verdadeira cautela

Se, na passada semana, já considerávamos relativamente exagerada a subida quase ininterrupta do mercado accionista norte-americano, perante a ausência de progressos verdadeiramente tangíveis na relação comercial entre EUA e China, esta semana parece-nos ainda menos sustentável a evolução fortemente positiva das bolsas europeias, em plena deterioração macroeconómica europeia. Amanhã, a divulgação preliminar dos indicadores PMI, elaborados pela Markit, referentes a Fevereiro na Zona Euro, Alemanha e França deverão ser determinantes para corroborar a crescente desaceleração ou, por outro lado, revelar uma melhoria de sentimento na actividade económica real, em tardia coerência com o mercado accionista.

No campo específico das tensões comerciais, Trump recebeu esta semana um relatório sobre as implicações das importações de automóveis oriundos da União Europeia para a segurança nacional dos EUA, fazendo renascer a possibilidade de imposição de novas taxas alfandegárias sobre este segmento do comércio internacional transatlântico. Prontamente, a Comissão Europeia afirmou que retaliaria esta medida de forma célere e adequada.

Referência técnica: Perante eventuais notícias menos positivas no âmbito do comércio internacional, é provável que os investidores percam a complacência que têm tido com o panorama macroeconómico europeu. A sobrevenda técnica, a forte resistência em torno dos 3.250 pontos e a divergência bearish no RSI são três obstáculos à continuação da fulgurosa subida que se tem verificado desde o início do ano.

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