Banco Invest Monthly

 | 09.10.2019 08:53

Alocação de Activos - Setembro 2019

As carteiras terminaram o terceiro trimestre com uma valorização acumulada de 15,1%, mais 149 bp do que o respectivo benchmark. O mês de Setembro foi positivo para os mercados accionistas, com destaque para a boa performance dos índices accionistas europeus face aos seus congéneres norte-americanos.

Em relação à Guerra Comercial, assistiu-se ao adiamento da imposição de tarifas de ambos os lados, com as próximas negociações de alto nível a estarem marcadas para o próximo dia 10 de Outubro. O mês ficou também marcado pelo ataque, reivindicado pelos rebeldes Houthi no Iêmen, com drones a 2 campos petrolíferos na Arábia Saudita, maior produtor mundial, o que levou a uma forte subida do preço do petróleo. Este movimento de subida não foi duradouro pois a Arábia Saudita comunicou que o tempo de recuperação dos referidos campos será menor do que o inicialmente previsto. Por fim, ainda uma nota para o processo iniciado pelos Democratas para a destituição do presidente Donald Trump, depois de este, alegadamente, ter tentado influenciar uma investigação na Ucrânia contra o candidato democrata Joe Biden. Para esta acção ter sucesso é necessário a aprovação de dois terços do Senado e do Congresso norte-americanos, o que parece improvável visto que o Senado é controlado pelo partido Republicano.

A economia mundial está a abrandar mas os bancos centrais estão, preventivamente, a baixar as taxas de juro, na expectativa que tais cortes conjugados com outras medidas de estímulo monetário permitam uma estabilização das condições económicas. Neste contexto, nos mercados financeiros, persiste a aparente contradição entre os mercados obrigacionistas e os accionistas – nos primeiros as yields de dívida pública caíram para mínimos, descontando uma desaceleração económica abrupta, enquanto os principais índices accionistas registam valorizações significativas, com deterioração das respectivas métricas de avaliação mas suportadas em termos relativos pelas baixas yields das obrigações. Ou seja, apesar da forte performance desde o início deste ano, e dos receios quanto a uma recessão económica, as acções continuam suportadas pela recente descida das yields das obrigações.

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