Fed Não Representa Ameaça para Ouro

 | 17.10.2016 15:27

O Comitê de Mercado Aberto dos EUA (FOMC) publiou as atas de sua reunição na quarta-feira passada (12.10), a qual mostrou a discordância atual entre as autoridades do Fed sobre quando deverá ocorrer a elevação das taxas de juros no páis.

Os "doves", como sempre, se mostraram mais cautelosos: o índice de preços ao consumidor continua a ser inferior a 2%, e por enquano não se observa evidências de que o crescimento dos salários reaus influi sobre a pressão inflacionária.

Os argumentos a favor do aumento são aqueles de costume: a economia está crescendo de forma constante e há a necessidade de se agir para evitar a inflação. Alguns membros do FOMC também estavam preocupados que o atraso poderia reduzir a credibilidade do Fed.

Todavia, entendemos que o medo não corresponder às expectativas do mercado é o principal argumento a favor de um aumento das taxas em dezembro, como foi no ano passado. Este aumento poderá diminuir posteriormente durante uma recessão.

O Fed espera que a aceleração do crescimento do PIB no segundo semestre do ano, mesmo que houver um declínio na avaliação da capacidade de crescimento econômico a médio e longo prazo. No início deste mês, o FMI avaliou em queda brusca as perspectivas em termos de crescimento da economia dos EUA de 2,2% para 1,6%, nível este abaixo da projeção de 1,9% dos representantes do FOMC. O crescimento real do PIB norte-americano em primeiro e segundo trimestres foi de 1,1% e 1,4%, respectivamente.

Agora, o traders questionam se o Fed irá aumentar as taxas se as expectativas de crescimento não forem cumpridas. Cremos que muito provavelmente, sim. As expectativas estão demasiadamente elevadas.

Todavia, entendemos que a principal questão é se, em seguida, eles teriam como reduzir como fez a Nova Zelândia. O Banco da Reserva da Nova Zelândia tornou-se o primeiro regulador que elevou os juros desde a crise financeira de 2008. O lento crescimento econômico, juntamente com inflação baixa, forçaram o regulador a tomar uma política monetária no sentido totalmente oposto.