Inflação: Conheça os riscos

 | 25.03.2021 13:50

A inflação, à primeira vista, pode parecer um conceito complicado, mas a sua definição é muito simples. É nada mais nada menos que o aumento do preço dos bens e serviços. É o conceito de que com 10€ no futuro não se conseguirá comprar a mesma quantidade de produtos com os 10€ de hoje. A ideia de que com o passar do tempo, o dinheiro passa a ter cada vez menor poder de compra, influencia bastante as decisões que nós tomamos.

Por sua vez, hiperinflação é quando este processo fica fora de controlo e o aumento do preço dos bens e serviços acontece rapidamente e torna o dinheiro inútil. Não é difícil encontrar imagens de pessoas na Alemanha depois da 1ª Guerra Mundial ou, no presente, em países como o Zimbabwe a utilizar centenas de notas só para comprar um pedaço de pão. A hiperinflação é um evento muito complicado para a economia de um país pois com essa subida rápida e exponencial dos preços, a moeda começa a perder credibilidade, e a partir do momento que a moeda perde credibilidade essa torna-se completamente inutilizável. A maior parte desses eventos de hiperinflação geralmente acontece quando as economias estão frágeis e os governos tentam contrabalançar essa fragilidade emitindo quantidades enormes de dinheiro para a economia. Para dar suporte à fragilidade económica provocada pela pandemia foram criados enormes pacotes de estímulos na Zona Euro e nos Estados Unidos e parte desse valor está a ser financiado pelos Bancos Centrais. O Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal norte-americana (FED) emitiram desde o início de 2020 cerca de €2.4 e $3.1 biliões respectivamente.