Invest Monthly

 | 12.09.2019 08:45

Agosto foi negativo para os mercados accionistas, com os índices de referência norte-americano, S&P-500, e europeu, EuroStoxx50, a caírem 1,8% e 1,2%, respectivamente, em moeda local. Por sua vez, os índices de volatilidade norte-americana e europeia subiram 17,7% e 22,8%, respectivamente, no período em análise, reflectindo o aumento da incerteza em torno de temas políticos. No que toca à guerra comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China a escalada continua, com ambos os países a aumentarem as tarifas sobre as importações vindas do outro país a partir de 1 de Setembro.

Na Europa, o cenário de um Hard Brexit parece cada vez mais provável, com o primeiro-ministro Boris Johnson a obter autorização por parte da Rainha para a suspensão do Parlamento de 10 de Setembro até 14 de Outubro, deixando assim pouco tempo à oposição para contrariar os seus planos de saída da União Europeia.

Por fim, a vitória de Alberto Fernández, candidato apoiado pela ex-Presidente Cristina Kirchner, na primeira volta das eleições presidenciais argentinas criou o pânico nos investidores internacionais, com os receios de uma reversão das políticas económicas pró-mercado. Com efeito, no mês de Agosto o peso argentino depreciou 26,3% face ao dólar, enquanto a yield das obrigações argentinas com maturidade em 2117, em dólares, subiu dos 9,27% para os 18,44%.

Neste cenário político e com vários indicadores económicos a mostrarem um abrandamento da economia mundial, os investidores procuraram refúgio em activos ditos seguros como as dívidas públicas alemã e norte-americana e no ouro, que só em Agosto valorizou 7,5%.

Em termos da gestão, continua-se com níveis elevados em liquidez de forma a preservar os ganhos registados desde o início do ano e poder aproveitar eventuais momentos de stress do mercado.