Invest Outlook 2018 – Parte II (Alocação de Activos)

 | 12.12.2017 09:16

O próximo ano inicia-se num contexto de crescimento económico favorável para os activos com risco. A economia mundial está a crescer de forma sincronizada entre as várias regiões, as taxas de juro permanecem baixas e eventuais subidas deverão ser limitadas. Em termos históricos, as condições monetárias deverão permanecer acomodatícias, mesmo que as yields nos prazos mais longos subam para níveis mais justificáveis, considerando o crescimento nominal das economias.

Assim, na nossa opinião, apesar das avaliações historicamente elevadas, em particular nos Estados-Unidos, as ‘Acções’ continuam como a classe de activos com melhores perspectivas de valorização no médio-longo prazo, sobretudo quando comparadas com as ‘Obrigações’. Com efeito, estas últimas oferecem yields extremamente baixas que não compensam, na nossa opinião, os riscos (de taxa de juro e de crédito) assumidos. Mesmo não se perspectivando uma subida abrupta das taxas de juro e das yields, o potencial de rendibilidade das ‘Obrigações’ é cada vez menor, tornando o seu binómio risco-retorno pouco interessante.

Por seu turno, as ‘Acções‘, nomeadamente as europeias, oferecem um maior potencial de subida, suportadas pela recuperação dos resultados e vendas das empresas, num contexto de aceleração da actividade económica mundial e baixas taxas de juro. Na nossa opinião, mesmo uma eventual subida das yields soberanas da Zona Euro, para os 1%-1,5%, não comprometeria este cenário favorável para as acções europeias, dadas as perspectivas de subida de resultados e dividendos para 2018.