Evolução positiva ao longo de quase toda a curva soberana, assim como nos emitentes/emissões que acompanhamos numa base semanal. Na última quarta-feira, o IGCP vendeu PGBs com maturidades out22 e fev24, num montante total de 1180 milhões de euros. Se considerarmos a venda de 3 mil milhões de euros através de uma emissão sindicada do novo benchmark a 10 anos em janeiro, Portugal executou já cerca de um 1/4 do total do financiamento de médio e longo prazo estimado para este ano (incluindo produtos de retalho).
Uma referência também para os dados divulgados relativamente às compras realizadas pelo Banco de Portugal em janeiro ao abrigo do programa PSPP. O montante de 688 milhões de euros traduz o menor ritmo mensal de compras desde o início do programa QE em março de 2015. Os últimos dias mostraram suporte nos PGBs, após um período de sentimento negativo refletindo receios com as eleições presidenciais em França. A continuação de um ambiente marcado por maiores expectativas de inflação e crescimento económico, assim como eventos políticos, sugerem, contudo, que o enquadramento deverá permanecer desfavorável para dívida e crédito em Portugal.
Para a próxima semana, a nossa atenção estará na divulgação da estimativa rápida do INE para o crescimento do PIB no 4º trimestre de 2016 e no testemunho de Janet Yellen perante o Painel Bancário do Senado, ambos na terça-feira. Na quinta-feira serão conhecidas as minutas da reunião de política monetária do Banco Central Europeu de 19 de janeiro.
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