PPRs - Planos de Poupança para a nossa Reforma?

 | 20.09.2021 14:00

Um dos melhores instrumentos financeiros para investir em Portugal é certamente o PPR – Plano Poupança Reforma.
Este é o melhor instrumento em Portugal do ponto de vista fiscal. Já vais perceber porquê mais á frente.
Neste artigo, partilho contigo:

  • O que são PPRs
  • Tipos de PPRs que existem
  • Vantagens Fiscais
  • O que ter atenção ao escolher um PPR
  • Alguns exemplos dos melhores PPRs em Portugal


1. O que são PPRs
PPR é a sigla mais conhecida quando estamos a falar de Planos Poupança Reforma.
São instrumentos de grande interesse para quem está a investir a longo prazo, pois oferecem boa rentabilidade, risco controlado e uma gestão dedicada.
Pode ser um ótimo complemento para a reforma lá mais à frente. Principalmente se estás a começar a investir o teu dinheiro bem cedo (aos 20 ou 30 anos).
E numa altura em que o sistema da Segurança Social pode não conseguir pagar-nos as reformas por inteiro lá mais à frente, é importante considerar complementos à nossa reforma. De outra forma poderemos enfrentar grandes desafios numa idade avançada, e acho que ninguém deseja isso!
Há pessoas que acham que só podemos levantar/resgatar o valor do PPR quando chegarmos à reforma, e isso não é necessariamente verdade. Creio que o nome escolhido para este ativo financeiro pode induzir as pessoas em erro, e quero chamar-te a atenção para um facto importante: não tens de levantar o PPR apenas na reforma! Há contextos em que podes levantar o dinheiro antes dessa data. Mas também há uma série de condições que precisas de considerar para não teres surpresas desagradáveis.
E alguns PPRs podem ser considerados para prazos menores (10 anos, por exemplo), pois têm condições diferentes e podem ser interessantes para ti.
Vamos lá ver que tipos de PPRs existem para diferentes situações.


2. Tipos de PPRsExistem essencialmente dois tipos de PPRs: Seguros PPR e Fundos PPR.
Os PPR em forma de seguros são os preferidos dos portugueses, pois muitos deles oferecem capital garantido (ou seja, é teoricamente impossível perderes dinheiro), mas com isso também oferecem menores taxas de rentabilidade.
Já nos Fundos PPR nós temos uma equipa de gestão a escolher os melhores ativos para investir num dado momento, e não oferecem capital garantido, tal como acontece noutros Fundos de Investimento. Pessoalmente considero estes mais interessantes para quem tem um horizonte de investimento de longo prazo e está disposto a correr maiores riscos no curto prazo para aumentar a rentabilidade no longo prazo. Aqui podes ter várias composições: PPRs mais agressivos (até 100% em ações), PPRs moderados (por exemplo até 50% em ações), ou PPRs mais conservadores (por exemplo até 10% em ações ou sem qualquer exposição a ações).

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Existem mais de 700 produtos associados a Seguros PPR e Fundos PPR. Podes encontrá-los no site da APFIPP.
No futuro haverá a possibilidade de subscrever um PPR Europeu. A iniciativa está em preparação e terá o nome de PIRPE – Produtos Individuais de Reforma Pan-Europeus.


3. Benefícios Fiscais à entrada dos PPRO que é mais interessante nos PPRs face a outros produtos financeiros? Os benefícios fiscais à entrada e à saída!
Pois é! Enquanto tu pagas 28% de imposto sobre mais-valias em Portugal quando vendes Ações, Obrigações, ou qualquer outro produto financeiro, nos PPRs pagas bem menos. E ainda podes obter benefícios fiscais à entrada, podendo deduzir uma boa percentagem no IRS. É uma forma de conseguires mais dinheiro com o IRS.
Então o que quer dizer isto dos benefícios fiscais à entrada?
As entregas de dinheiro que tu faças para o teu PPR permitem deduzir à coleta 20% dos valores aplicados, até um certo limite e com base na categoria de idade onde te encontres.

“O que quer isso dizer?”
Consoante a tua idade, podes recuperar em IRS até 400€. É ou não é uma boa ajuda?

“Como é que funciona?”
Simples! Se tiveres menos de 35 anos e investires no mínimo 2.000€ por ano, consegues deduzir 400€ (400€ representa 20% de 2000€). Se tiveres entre 35 e 50 anos de idade e investires no mínimo 1.750€ por ano, consegues deduzir 350€ em IRS. E se tiveres mais de 50 anos, já só precisas de investir um mínimo de 1.500€ para deduzires 300€ em IRS.
Para facilitar, vê a tabela abaixo.