Será que a Amazon e o Alibaba vão dominar tudo?

 | 21.02.2021 16:06

Geralmente, todos os negócios pretendem adquirir uma carteira de clientes e vender os seus produtos/serviços, aproveitando o ambiente online. Este fenómeno teve uma aceleração (como é de conhecimento geral) durante a pandemia. 

Sucintamente, tendo em mente a área do e-commerce, existem dois grandes caminhos para as empresas venderem online: ter um ativo digital próprio; ou ligar-se a uma «central elétrica» online, como a Amazon (NASDAQ:AMZN). Ambos têm desvantagens.

Antes de apresentar os meus argumentos, é importante referir que o comércio eletrónico cresceu 27,5% em 2020 e é expectável que este ano tenha um crescimento de 21,0%. Números espantosos.

A eMarketer prevê que 52,1% das vendas a retalho na China sejam do comércio eletrónico, em 2021, em comparação com 44,8% no ano anterior.

Uma loja de queijos regional ou de brinquedos local podem criar o seu próprio website para comercializar o seu produto. Para tal, é necessário investir tempo e dinheiro, para ganhar notoriedade, tráfego e competências para operar um novo canal, com várias exigências.

A alternativa seria aproveitar as lojas online já estabelecidas, com potenciais clientes. Utilizar essas plataformas facilita o processo de expedição dos produtos em troca ficam com uma comissão. No entanto, existem algumas das desvantagens para os negócios locais, podendo perder o controlo e clientes menos fidelizados perante uma agressiva concorrência, dada a oferta variada que estas plataformas multiproduto disponibilizam.

É de realçar que existem milhares de empresas tecnológicas com propostas comerciais atrativas.

Em diferentes graus, todas estas empresas tentam fazer a ponte entre a abordagem «faça você mesmo» em comparação com empresas online que já têm audiência, consideradas como vastos centros comerciais na Internet, como a Amazon, Alibaba (NYSE:BABA), Dott, entre outros.

Facebook (NASDAQ:FB) e as suas aplicações Instagram e WhatsApp apresentam soluções simples para que qualquer micro/pequena empresa possa utilizar o seu software na gestão da sua audiência sem perderem independência.

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A Square (NYSE:SQ) e a WeChat na China apresentam uma premissa semelhante. 

Talvez a mais interessante seja a Shopify (NYSE:SHOP)O seu software tem 1,7 milhões de empresas com lojas online, e cresce a passos largos durante a pandemia.

Impulsionada por legiões de consumidores, a plataforma canadiana de e-commerce registou um crescimento impressionante a semana passada, com as receitas anuais a aumentarem 86% para 2,93 mil milhões de dólares ao longo de 2020.

O volume bruto de mercadorias para o quarto trimestre foi de 41,1 mil milhões de dólares, o dobro em comparação com o mesmo trimestre de 2019.

Por uma taxa mensal e uma comissão relativamente pequena sobre as vendas, as empresas podem usar Shopify para criar um website e uma web-app, permitindo mostrar as imagens dos seus produtos, ligar-se aos seus sistemas de inventário e tratar dos pagamentos online.

A semana passada, foi noticiado que a Amazon comprou uma empresa semelhante à Shopify, chamada Selz. 

O exemplo da China no futuro do e-commerce 

Pela primeira vez na história, a China terá a maior parte das vendas a retalho através de e-commerce: 52,9%.