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Negócios UAE-Israel, vinho e escritórios pós-Covid nesta edição

Publicado 02.10.2020, 16:00
Atualizado 02.10.2020, 16:10
Negócios UAE-Israel, vinho e escritórios pós-Covid nesta edição
INTC
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Negócios EAU-IsraelDesde a normalização das relações entre Israel, os Emiratos Árabes Unidos e o Bahrein, empresas dos três países têm-se esforçado por desenvolver colaborações e explorar novos mercados. Uma delas é o grupo Al Habtoor.

Este grupo, sediado no Dubai, é uma empresa que vale vários milhares de milhões de euros e abrange setores que vão do automóvel à hotelaria. O fundador foi rápido a aproveitar a normalização das relações entre os EAU e Israel e anunciou planos para a abertura de um escritório no Estado hebraico. O que significam os chamados acordos de Abraão para as empresas dos dois países?

"Há muitos anos que estou a dizer isto. Que temos de comunicar com Israel, que Israel deve comunicar em geral. Estou a falar dos árabes e palestinianos. É importante não ter fronteiras. Tenho boas relações com muitos judeus e israelitas em todo o mundo e penso que será benéfico para ambos os países. Agora vamos ver como funciona, qual será o benefício para os dois países, o que vamos beneficiar com eles e como é que eles vão beneficiar connosco. Mas posso já ver que haverá coisas boas e positivas para os dois países. Os israelitas são muito avançados na tecnologia e nós vamos cooperar com eles nessa área", diz o presidente do grupo, Khalaf Al Habtoor.

O Grupo Al Habtoor também anunciou uma colaboração com a Mobileye, uma empresa sediada em Israel, subsidiária da Intel (NASDAQ:INTC), que está a desenvolver veículos sem condutor e mapeamento 3D para cidades inteligentes.

Diz Amnon Shashua, presidente da Mobileye:

"O grupo Al Habtoor tem frotas de milhares de veículos, carros de aluguer. Vamos equipar pelo menos mil veículos com um dispositivo que fornece assistência à condução e, além disso, extrai dados críticos sem violar a privacidade de ninguém. Esses dados são enviados para a nuvem e agregados através do cloud processing para criar informações sobre as infraestruturas das estradas. Por exemplo, se as estradas têm fissuras, se as vias precisam de ser pintadas de novo, ou ainda dados dinâmicos sobre congestionamento, informação sobre como controlar o tráfego, mas também como reduzir o risco de acidentes e fazer a manutenção preventiva das estradas.

Temos negócios em França, Coreia do Sul e Japão. Estamos agora a expandir-nos para os Emirados através do Dubai. O Dubai é o sítio natural para começar, porque é uma cidade muito avançada. A infra-estrutura está entre as melhores do mundo. É uma sociedade que tem sede de novas tecnologias. Querem ser os melhores em tudo o que é tecnológico".

Embora politicamente controversos, os acordos de Abraão abriram mundos de oportunidades para estabelecer relações lucrativas para os empresários quer dos Emirados Árabes Unidos, quer de Israel.

Incêndios ameaçam vinhoOs maiores incêndios florestais da história da Califórnia estenderam-se por todo este Estado norte-americano em setembro. Os produtores de vinho receiam que as uvas manchadas pelo fumo possam fazer com que a colheita de 2020 seja um desastre, levando a enormes perdas numa indústria que vale cerca de 37 mil milhões de euros anuais.

Os produtores de vinho californianos enfrentam grandes perdas porque lhes faltam os instrumentos para testar quanta da colheita de 2020 foi danificada na sequência dos devastadores incêndios florestais deste ano.

"Cultivo uvas para vinho, neste local, há mais de 38 anos e nunca tinha sentido ou visto nada do género. Obviamente, quanto mais tempo o fumo permanecer, maior será o risco de que o guaiacol, que é um composto que aparece naturalmente no fumo, afete as uvas e cause o que se chama manchas de fumo no vinho", diz Jim Bernau, viticultor.

Os investigadores da Universidade Davis, na Califórnia, estão a tentar encontrar novos métodos de teste precoce para avaliar se o fumo afetou as uvas, mas o procedimento não é simples.

"Se pudermos prever melhor, os viticultores vão poder saber se devem ou não fazer as vindimas ou se devem ou não comprar a fruta. Pode tornar tudo muito mais fácil e estamos a tentar o nosso melhor, mas é uma questão muito, muito complexa. Estes compostos não ficam do lado de fora da uva. Na verdade, são absorvidos pela pele e é impossível saírem com a lavagem. O vinho pode ficar a saber e a cheirar a cinza ou a fumo. Obviamente essa é uma característica que a maioria das pessoas não quer no vinho", diz Anita Oberholster, enóloga desta universidade".

Anita Oberholster Euronews

John Aguirre, presidente, da Associação de Viticultores da Califórnia, diz: "Sabemos sempre que algumas uvas são danificadas pelo fumo. O que não queremos é ver boa fruta rejeitada e não transformada em vinho porque nos faltam os instrumentos para a compreender e detetá-la. É isso que estamos a enfrentar, e vamos ver perdas significativas porque há boas uvas são rejeitadas".

A Califórnia enfrenta agora, todos os anos, incêndios florestais a uma escala alarmante, sem soluções para conter a propagação. É uma região vinícola de classe mundial que pode, em breve, estar a lutar para sobreviver.

Escritórios do futuroPara ajudar a conter a propagação da Covid-19, os trabalhadores do Reino Unido estão mais uma vez a ser encorajados a trabalhar a partir de casa, o que faz algumas pessoas reimaginar o local de trabalho. Os chamados 'espaços de trabalho flexíveis' estão a aparecer, muitos com características invulgares como salões de manicure, terraços de telhado e ou até quartos de dormir.

A incerteza sobre o futuro significa que muitas empresas já não vêem arrendamentos de escritórios a longo prazo como algo viável. Isso vem criar um novo mercado para espaços de trabalho flexíveis como este no bairro londrino de Blackfriars.

Diz Giles Fuchs, CEO da Office Space in Town: "Metade dos pedidos que temos agora vêm de pessoas que deixam arrendamentos, de todas as dimensões, e dizem que não sabem para onde ir nem durante a epidemia de Covid, nem fora dela e, por isso, em vez de se amarrarem a um arrendamento de cinco, dez, quinze anos, preferem ter alguma flexibilidade. E a verdade é que nunca vão gastar este dinheiro nem ter esta qualidade nos seus próprios escritórios, porque não faria qualquer sentido para eles".

A tendência está também a levar os desenhadores a brincar com a ideia do que deve ser um escritório. Sam Kopsch criou estes interiores depois de ter perguntado às pessoas o que desencadeia a felicidade: "Enviámos sondagens para obter a opinião das pessoas sobre a felicidade, desde o que significa até às cores que a desencadeia. Assim, os principais espaços públicos foram decorados com coisas que lembram o ar livre, estar na praia, caminhadas, memórias de infância, como comboios de brincar, insetos gigantes e implementámos isso em todo o espaço", diz a desenhadora.

Sam Kopsch e um dos espaços que criou Euronews

Os espaços podem ser cuidadosamente construídos para encorajar o distanciamento físico. Depois de meses de trabalho em casa, uma mudança de espaço é importante para a saúde mental e para a produtividade: "O distanciamento físico acontece naturalmente, não se está num escritório tradicional. Mas é muito diferente de preso em casa. Num espaço como este, a ergonomia é boa, porque foi concebido para o trabalho, enquanto em casa, muitas pessoas estão sentadas no sofá com um computador portátil, o que não é bom para a saúde mental, penso eu. Estes espaços são fundamentais, neste momento, para que as pessoas possam chegar aqui, fazer uma pausa da vida familiar e trabalhar", diz Sam Kopsch.

E quem diz que os espaços de escritório têm de ser, na verdade, de escritório?

Giles Fuchs explica: "Apenas 61% do nosso espaço é de escritório. O resto é a sala do clube, salas de reuniões, quartos... E temos salões de manicure, ginásios, terraços no telhado..."

Mesmo que a generalização do teletrabalho acabe, há uma boa probabilidade de que os espaços de trabalho do passado desapareçam e as salas de reuniões poderão até ficar parecidos com quartos de criança.

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