(Acrescenta detalhes, contexto)
LISBOA, 3 Mar (Reuters) - Os hotéis portugueses perderam 73% das receitas totais no ano passado em comparação com 2019, disse a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) na quarta-feira, uma vez que a pandemia da COVID-19 travou drasticamente as viagens do estrangeiro, pesando sobre a economia dependente do turismo.
Mais de 60% dos hotéis afirmaram não esperar que os negócios regressem aos níveis de 2019 até ao início de 2023, segundo um inquérito a 502 hotéis realizado pela associação no mês passado.
Dois terços dos hotéis encerraram em Janeiro e Fevereiro, uma vez que Portugal impôs o seu segundo confinamento desde o início da pandemia para combater um surto de infecção.
A maioria dos hotéis não espera reabrir até Maio. Um em cada três hotéis disse que ou não reabriria ou não tem a certeza de quando ou se o fariam.
"O impacto destes encerramentos ... é brutal nas receitas totais da indústria hoteleira", disse Cristina Siza Vieira, CEO da associação, numa apresentação de vídeo.
"Sabemos que este será outro ano muito difícil", disse ela.
O sector do turismo em Portugal, outrora em expansão, sofreu os seus piores resultados desde meados dos anos 80 do ano passado, uma vez que a pandemia do coronavírus e os subsequentes confinamentos em todo o mundo mantiveram os aviões em terra e os visitantes afastados.
A queda nas taxas de ocupação hoteleira foi mais elevada em Lisboa com 55%, de acordo com a AHP, seguida pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, que viram uma queda de cerca de 45%. O Algarve sofreu um pouco menos, registando uma queda de 33%.
Portugal, que registou um total de 805.647 casos COVID-19 e 16.389 mortes, está sob um confinamento a nível nacional após um devastador surto de infecções e hospitalizações no início do ano, que desde então abrandou acentuadamente.
Texto integral em inglês: (Por Victoria Waldersee, editado por Andrei Khalip; Traduzido para português por Patrícia Vicente Rua)