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CÂMBIO-Dólar tem maior alta em mais de 5 meses e passa de R$3,90 com fluxo de saída, exterior e política local

Publicado 26.11.2018, 19:04
© Reuters.  CÂMBIO-Dólar tem maior alta em mais de 5 meses e passa de R$3,90 com fluxo de saída, exterior e política local
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Por Claudia Violante

SÃO PAULO, 26 Nov (Reuters) - O dólar subiu 2,5 por cento e fechou no maior patamar ante o real desde o começo de outubro com fluxo de saída de recursos em ambiente de aversão ao risco no exterior e cautela com o cenário político local.

O dólar BRBY avançou 2,49 por cento, a 3,9175 reais na venda, maior patamar desde os 3,9349 reais de 2 de outubro. Foi a maior alta percentual desde 14 de junho, quando havia saltado 2,64 por cento.

Em cinco sessões consecutivas, o dólar já acumulou valorização de 4,75 por cento ante o real. O dólar futuro DOLc1 subia cerca de 2,3 por cento.

"Foi o conjunto da obra", resumiu o operador da Advanced Corretora Alessandro Faganello ao avaliar que não teve um único evento que isoladamente explicasse a forte alta do dólar ante o real.

Ele citou a cautela com o encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e China no G20 no final de semana, as perspectivas de menor crescimento econômico mundial e ainda as negociações políticas locais, sem falar no fluxo de saída.

Mais cedo, o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior, havia lembrado que no final do ano é natural haver saída de recursos do país, com empresas remetendo recursos a suas matrizes, o que acaba por pressionar as cotações da moeda.

"Ao ultrapassar os 3,85 reais, o dólar pode facilmente tentar buscar os 3,90 reais", pontuou Faria Júnior ao acrescentar que a agenda carregada nesta e na próxima semana, sobretudo nos EUA, pode ajudar a pressionar o câmbio local.

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Foi o que aconteceu nesta sessão, com as máximas se renovando à tarde à medida que o exterior também piorava e um movimento de zeragem de posições também era visto no mercado local.

O banco central dos EUA divulgará na quinta-feira a ata de seu último encontro de política monetária. No final da semana, os presidentes norte-americano, Donald Trump, e chinês, Xi Jinping, devem se reunir na cúpula do G20, com expectativa de que possa ser costurado um acordo que dê fim à guerra comercial dos dois países.

A expectativa sobre a trajetória dos juros pelo Federal Reserve tem permeado os negócios, com os temores de enfraquecimento da economia global reforçando a leitura de que o Fed poderia ser mais suave nos aumentos da taxa. A expectativa, por ora, é de mais cinco aumentos até o início de 2020, sendo dezembro o quarto deste ano.

Com o juro mais alto nos EUA e estável no Brasil --a pesquisa Focus desta segunda-feira trouxe perspectiva menor para a alta da Selic em 2019--, o diferencial de juros entre os países também ajuda a sustentar a trajetória de alta da moeda ante o real.

"Falta estrangeiro no dólar", disse Faria Júnior ao destacar que o investidor de fora "está com receio com o mercado de riscos". "Não necessariamente com o Brasil, mas nosso cenário político também contribui para não gerar mais atratividade", acrescentou.

Ele se referia à expectativa dos investidores pela aprovação de reformas no próximo governo e à formação da equipe do novo governo, considerada técnica mas que pode dificultar as negociações políticas para as reformas.

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"O Brasil está vivendo uma mudança de transformação em que os nomes apontados não estão ligados aos partidos tradicionais - portanto, uma nova barganha terá que ser adotada. Isso é essencialmente bom, mas ninguém sabe como isso vai afetar o ritmo das reformas", resumiu o diretor de Tesouraria de um banco estrangeiro.

Nesta tarde, desagradou a informação dada pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, de que não há acordo para partilha dos recursos com a cessão onerosa, cujo projeto está previsto para ser votado na terça-feira. exterior, o dólar passou a subir ante a cesta de moedas .DXY , e avançava ainda mais sobre as emergentes, com destaque para o desempenho ante os pesos argentino ARS= , mexicano MXN= e o Rublo RUB= .

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 10,2 bilhões de dólares do total de 12,217 bilhões de dólares que vence em dezembro. mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral. (Edição de Camila Moreira e Iuri Dantas)

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