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CÂMBIO-Dólar fecha em alta após cair 1% mais cedo; ruído fiscal persiste

Publicado 15.09.2020, 21:26
Atualizado 15.09.2020, 21:30

(Texto atualizado com mais informações)

Por José de Castro

SÃO PAULO, 15 Set (Reuters) - O dólar fechou em leve alta ante o real nesta terça-feira, abandonando queda de mais de 1% registrada mais cedo, com operadores adotando postura mais conservadora diante de novo ruído envolvendo a equipe econômica e o presidente Jair Bolsonaro, tendo de pano de fundo constantes receios sobre a trajetória das contas públicas.

O dólar à vista BRBY subiu 0,27%, a 5,2889 reais na venda. Na máxima, a moeda foi a 5,3007 reais (+0,49%), depois de na mínima (atingida ainda na primeira hora de negócios) descer a 5,221 reais, queda de 1,02%.

Na B3, o dólar futuro DOLc1 avançava 0,28% às 17h19, para 5,2880 reais.

O mercado reagiu com cautela a declaração de Bolsonaro, em tom irritado, de que o governo não irá mais criar o programa Renda Brasil e de que continuará apenas com o Bolsa Família.

A decisão de enterrar o programa veio depois de uma série de informações de medidas duras que a equipe econômica estaria analisando para tentar financiar o programa. por ventura vier propor para mim medidas como essas eu só posso dar um cartão vermelho para essa pessoa", disse Bolsonaro. A fala, assim, foi entendida como um recado à equipe econômica, chefiada por Paulo Guedes, que já acumula desgastes no governo, e voltou a colocar na pauta incertezas sobre a permanência de Guedes --visto como fiador de políticas de austeridade fiscal-- no cargo.

Porém, durante a tarde, Guedes tentou baixar a tensão ao atribuir a decisão do presidente de acabar com o Renda Brasil a uma posição política que considerou correta após distorção de informação feita pela mídia. cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), havia defendido, em entrevista ao Estadão/Broadcast, congelamento temporário de aposentadorias, uma das propostas criticadas por Bolsonaro em vídeo no qual anunciou a desistência do Renda Brasil.

No mercado, o entendimento é que todo esse contexto agrava percepção de dificuldade para se fechar o Orçamento sem riscos a um rompimento do teto de gastos em 2021. A nova "dura" dada por Bolsonaro na equipe econômica, via redes sociais, piora a sensação de perda de força do time de Paulo Guedes nas decisões tomadas pelo presidente Bolsonaro.

Alguns operadores, contudo, lembraram que o programa Renda Brasil seria uma forma de Bolsonaro deixar um legado em termos de distribuição de renda aos mais necessitados, o que gera dúvidas sobre a real disposição do presidente de abandonar a ideia, em meio a melhora em seus índices de popularidade depois da concessão do auxílio emergencial.

O tom de maior cautela do mercado também se deu na véspera das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, com expectativa de estabilidade nas taxas básicas em ambos os países: 2% no Brasil e zero-0,25% nos EUA.

Mais um dia de pressão no mercado de renda fixa, com aumento de deságio das LFTs (títulos atrelados à Selic) nas negociações do mercado secundário, tampouco ajudou a melhorar os ânimos no mercado cambial.

No médio prazo, contudo, o cenário para o câmbio parece melhor, conforme análises de Bank of America (NYSE:BAC) e Morgan Stanley (NYSE:MS).

Em pesquisa com gestores de fundos da América Latina, o BofA relatou que 65% esperam que o dólar fique abaixo de 5,30 reais ao fim deste ano (contra 59% no mês passado), com 44% vendo a moeda abaixo de 5,10 reais.

Já o Morgan Stanley ainda vê o real como a moeda mais barata no universo emergente, o que, com um posicionamento de mercado "relativamente neutro", ampara expectativa de alguma alta da divisa brasileira frente ao dólar e a seus pares emergentes. (Edição de Isabel Versiani)

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