Por Laura Sanchez
Investing.com - O efeito dominó que a crise da Evergrande (HK:3333) está a ter vai para além do sector imobiliário. Os bancos estão a cair a pique na segunda-feira, com quedas de mais de 4% no índice do sector bancário europeu a esta hora.
O banco mais atingido neste momento é o Commerzbank (DE:CBKG) da Alemanha, com um declínio de mais de 7%. Segue-se o BBVA (MC:BBVA) de Espanha e a Société Générale (PA:SOGN) SA de França, ambos com uma redução superior a 6%.
O Deutsche Bank (DE:DBKGn) e o Banco Sabadell caíram mais de 5%, seguidos pelo Crédit Agricole, Bankinter, Banco Santander (MC:SAN), CaixaBank, BNP Paribas (PA:BNPP) e UniCredit (MI:CRDI), que caíram mais de 4%.
As quedas também afetam os bancos a nível global. Entre os mais afetados estão o HSBC (LON:HSBA), JPMorgan (NYSE:JPM), Bank of America (NYSE:BAC), Citigroup (NYSE:C) ou Goldman Sachs (NYSE:GS), entre outros.
Os fundos globais também estão envolvidos. Os dados da EMAXX mostram que a Amundi, o maior gestor de ativos da Europa, é o maior detentor dos títulos internacionais da Evergrande. BlackRock, Fidelity e PIMCO também têm exposição aos títulos do grupo chinês.
"Apesar da injeção de capital pelo Banco Popular da China (PBOC), a incerteza entre os investidores deve-se ao facto de muitos bancos internacionais deterem títulos Evergrande, pelo que o 'efeito de contágio' está a punir os bancos internacionais", diz Diego Morin, analista da IG.
"Portanto, a cada hora que passa, o gigante imobiliário está a ficar sem opções, com a possibilidade de efetuar uma reestruturação imediata ou de iniciar uma cadeia de incumprimentos", adverte este perito.
A Evergrande tem 310 mil milhões de dólares (dois triliões de yuan) em dívida.