BERLIM, Jan 27 (Reuters) - O ex-CEO da Volkswagen Vowg_p.DE , Martin Winterkorn, pode ter sabido que o fabricante de automóveis estava a manipular os testes de emissões com uma antecedência maior do que o admitido, disseram os promotores alemães de Justiça esta sexta-feira, ao terem ampliado a investigação sobre o escândalo.
O reconhecimento da VW em Setembro de 2015 do uso de software para manipular os dados sobre emissões reduziu o valor de mercado da empresa em milhares de milhões de euros, obrigou Winterkorn a demitir-se e desencadeou investigações e acções judiciais em todo o mundo.
A VW disse que o seu Conselho Executivo não teve conhecimento sobre as violações ao software até ao final de Agosto de 2015 e informou as autoridades dos EUA sobre a fraude de maneira formal no início de Setembro do mesmo ano, com Winterkorn a demitir-se na semana passada após os relatos recorrentes de que ele sabia da fraude com uma antecedência maior. promotores de Justiça em Braunschweig, perto da base da Volkswagen (VW) em Wolfsburg, afirmaram esta sexta-feira que examinaram 28 casas e escritórios relacionados com a sua investigação esta semana e aumentaram o número de pessoas acusadas para 37 de 21, incluindo Winterkorn.
"A investigação, e em particular o interrogatório de testemunhas e suspeitos, bem como a análise de dados apreendidos, indica que o acusado (Winterkorn) pode ter sabido sobre o software manipulador e os seus efeitos com uma antecedencia maior do que ele já admitiu publicamente", disseram no comunicado.
Texto integral em ingles: (Reportagem por Andreas Cremer (SA:CREM3); traduzido por Nadiia Karpina, Gdynia Newsroom; editado em português por Sérgio Gonçalves em Lisboa)