Portugal Telecom castiga bolsa de Lisboa

Investing.com

Publicado 03.10.2013 17:12

Portugal Telecom castiga bolsa de Lisboa

Investing.com – Se ao início da sessão desta quinta-feira a bolsa de Lisboa se assumia positivamente entre as congéneres europeias, no final acabou por fechar no “vermelho”, numa Europa sem tendência definida.

No dia em que se apresentam os resultados da oitava e nona avaliações da “troika”, o PSI20 recuou 0,73% para os 5.994,56 pontos, com oito cotadas em alta, dez em baixa e duas inalteradas.

Cá dentro, foi a Portugal Telecom que mais pressionou. Ontem a cotada brilhou, a beneficiar do anúncio da fusão com a brasileira Oi. A jornada desta quinta-feira foi, no entanto, marcada pela volatilidade e a PT acabou por ceder 3,78% para os 3,484 euros, mesmo apesar da agência de notação financeira Moody's ter admitido melhorar o “rating” da PT na sequência do negócio anunciado e de a maior parte dos analistas ter reagido de forma positiva.

As restantes cotadas do setor das telecomunicações não se deixaram dominar pelas perdas da congénere. Zon Optimus e Sonaecom avançaram 0,13% e 2,04% para 4,682 euros e 2,149 euros respetivamente.

Em destaque pela negativa, além da PT, esteve ainda a Galp. As ações da petrolífera recuaram 1,8% para 12,275 euros. EDP e EDP Renováveis fecharam igualmente em queda, a primeira a depreciar 0,37% para 2,69 euros e a segunda 1,46% para 3,789 euros.

No setor da banca, o BES, um dos principais acionistas da Portugal Telecom, prolongou os ganhos da véspera. Os papéis da instituição liderada por Ricardo Salgado valorizaram 0,36% para 0,843 euros, tal como os do BPI, que somaram 0,63% para 0,959 euros. As ações do BANIF acompanharam a tendência altista, com uma subida de 10% para 0,011 euros. BCP e ESFG recuaram 1,04% e 0,29% para 0,095 euros e 5,205 euros respetivamente.

A impedir maiores perdas no mercado lisboeta esteve a Jerónimo Martins, a negociar nos 14,44 euros, com uma subida de 0,94%. A Mota-Engil avançou 0,63% para 0,959 euros.

Lá fora, o índice Eurostoxx 50 recuou 0,55% para os 2.902,12. Isto no dia em que o Eurostat anunciou que o setor do comércio a retalho expandiu 0,7% na zona euro, em agosto, e 0,4% na União Europeia.

Em julho registou-se uma subida de 0,5% em ambas as zonas. Em comparação com igual período do ano passado registou-se uma queda no comércio da ordem dos 0,3% na zona euro. Na UE registou-se um crescimento homólogo de 0,3%. Portugal, Espanha e Eslovénia foram os países da União Europeia que registaram maior crescimento.

Precisamente em Espanha, o Tesouro colocou hoje 3,5 mil milhões de euros de dívida a cinco e dez anos, mas com os juros dos títulos estabelecidos no valor mais baixo desde setembro de 2010. O IBEX fechou a sessão a ceder 0,56%, tal como o MIB italiano, que recuou 0,26%. Um desempenho idêntico ao do CAC francês, que desvalorizou 0,74%, e ao do DAX alemão, que caiu 0,42%. O FTSE londrino avançou ligeiramente, 0,12%.

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Do lado de lá do Atlântico, a falta de entendimento entre democratas e republicanos sobre o orçamento federal persiste e com ele mais um dia de “shutdown”, o terceiro. Wall Street mantinha-se em baixa, com o índice industrial Dow Jones a ceder 1,11% e o tecnológico Nasdaq 1,53%. O S&P500 recuava 1,36%.

A travar um pouco as quedas estava, em parte, a subida abaixo do esperado dos pedidos iniciais de subsídio de desemprego. De acordo com o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, os pedidos subiram para os 308 mil na semana que terminou a 28 de setembro. Os analistas esperavam um aumento até aos 315 mil.

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